Mulheres no topo: as estrelas que brilham nas competições de eSports
Nos últimos anos, os eSports, como são conhecidos os esportes eletrônicos, têm alcançado um público cada vez maior, e se estabelecido como uma potência dentro do meio esportivo e do entretenimento.
No mercado nacional, de acordo com um estudo realizado pela Pesquisa Game Brasil (PGB), cerca de 74,5% da população admite jogar videogames quase todos os dias, seja pelo celular, pelo computador, ou através de um console.
Entre esse público, as mulheres já representam 51,5% dos gamers brasileiros, evidenciando o seu papel cada vez mais importante como consumidoras de jogos e esportes eletrônicos.
O poder feminino nos eSports
Ainda segundo a Pesquisa Game Brasil de 2022, as mulheres brasileiras correspondem a 60% do público nacional que joga através de seus smartphones, e 41% dos jogadores que acessam os games pelos seus computadores.
Ao mesmo tempo em que o público feminino vem se tornando cada vez mais importante para o mercado de eSports no Brasil, e também a nível global, muitas mulheres também estão vencendo as barreiras e construindo carreiras de sucesso como gamers na internet.
De acordo com especialistas desse setor, ainda há uma percepção equivocada de que o público-alvo dos esportes eletrônicos e videogames é majoritariamente masculino, algo que está longe de ser verdade.
Quem são as mulheres que se destacam nos eSports?
Confira, abaixo, algumas das mulheres mais reconhecidas nos eSports, em esfera nacional e mundial.
1. “Liooon”
A chinesa Xiaomeng Li, mais conhecida pelo apelido “Liooon”, ganhou destaque internacional ao se tornar a primeira mulher a vencer um torneio da BlizzCon. A especialidade de Liooon é o jogo de cartas estratégico Hearthstone, tendo vencido o disputado Hearthstone Grandmasters Global em 2019. Desde que se tornou uma gamer profissional, a estimativa é de que a jogadora chinesa já tenha acumulado premiações de centenas de milhares de dólares.
2. “Scarlett”
A jogadora canadense Sasha Hostyn, conhecida online como “Scarlett”, ficou famosa no universo dos eSports jogando StarCraft II, um popular jogo de estratégia, com elementos de ficção científica. No início de sua carreira, Scarlett disputou a liga feminina NESL Iron Lady, na qual se consagrou como vencedora duas vezes. Anos depois, ela migrou para a equipe Shopify Rebellion, e ganhou, em 2021, o Masters North America. Por anos, a jogadora também foi recordista mundial do Guinness Book como a mulher com o maior faturamento em premiações do ramo de eSports.
3. “Hafu”
A norte-americana Rumay Wang, ou simplesmente “Hafu”, é filha de imigrantes chineses, e começou a se destacar como gamer ainda na adolescência, através do jogo de MMORPG World of Warcraft. Mais tarde, a jogadora se profissionalizou no game Bloodline Champions, no qual foi campeã do torneio DreamHack Summer. Recentemente, Hafu vem se dedicando mais como streamer online de jogos, mas ela ainda participa de algumas competições com o jogo Hearthstone.
4. “Kaah”
A brasileira Karina Takahashi, que ficou mais conhecida online pelo apelido “Kaah”, se tornou gamer profissional em 2017, com Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO), um jogo de tiro em primeira pessoa altamente competitivo. Em 2018, a jogadora venceu a Liga Feminina Alienware da Gamers Club, o que foi essencial para que ela assinasse um contrato com a FURIA, uma das maiores equipes brasileiras de eSports. Ao longo de sua carreira, estima-se que Kaah já tenha acumulado mais de 10 mil dólares em prêmios.
5. “GaBi”
A também brasileira, Gabriela Maldonado, ou apenas “GaBi”, é outra jogadora de CS:GO de destaque, que passou por várias equipes, como a paiN Gaming, e a Vivo Keyd, até se tornar parte do prestigiado time feminino da FURIA. Desde 2016, GaBi já venceu a Liga Feminina da Gamers Club em mais de uma ocasião, o que lhe rendeu premiações estimadas em mais de 60 mil reais.
Representatividade feminina nos eSports
Como mencionado, a presença das mulheres no mundo dos eSports é algo que vem crescendo, apesar desse tema ainda envolver diversos desafios, incluindo a questão da equidade salarial.
Para superar as adversidades, é fundamental estimular a representatividade feminina, e fornecer apoio para que mais jogadoras, e criadoras de conteúdo sobre videogames e esportes esportivos, continuem em atividade.
No caso específico do Brasil, o avanço é lento, porém, constante. No Campeonato Brasileiro de League Of Legends, mais conhecido como CBLOL, a primeira edição a contar com uma mulher em uma partida oficial foi a de 2020. No ano seguinte, em 2021, cinco jogadoras foram inscritas na competição, incluindo as promissoras “Lawi”, do Cruzeiro Esports, e “Yatsu”, da INTZ.
Para os próximos anos, a expectativa é de que cada vez mais mulheres se destaquem na modalidade, e também que o público feminino se sinta cada vez mais à vontade para prestigiar e acompanhar de perto os esportes eletrônicos.
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